terça-feira, 2 de abril de 2013

Vento Norte


Fonte: Acervo Salomão Scliar, Setor de Fotografia do Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.


Esta belíssima FOTO da Praia da Guarita de 1950 é pitoresca e literalmente cinematográfica. A prova é que podemos observar o equipamento de filmagem na “Ponte” (lado sul no Morro das Furnas). Este FATO se passou durante as filmagens da histórica película gaúcha, Vento Norte. Essa obra cinematográfica é considerada histórica por ser o primeiro filme de longa metragem no estado do Rio Grande do Sul que foi totalmente sonorizado. Até então várias produções de ficção ou documentários eram do antigo cinema mudo, assim como o curto documentário feito em 1945 em Capão da Canoa, pelo mesmo diretor de Vento Norte, o consagrado Salomão Scliar.
Fonte: Acervo Salomão Scliar, Setor de Fotografia do
 Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.
No momento do registro os atores e a equipe de produção fizeram uma pausa para relaxar, admirando a beleza das falésias. Provavelmente estavam filmando a cena em que os protagonistas, João e Luísa, tentavam pegar alguns peixes com uma tarrafa.
O filme teve a colaboração de Josué Guimarães (diálogos) e Luís Cosme (trilha sonora), e o ator principal do mesmo foi Roberto Bataglin (foto ao lado).
As filmagens se iniciaram em 9 de novembro de 1950 e terminaram na primeira quinzena de janeiro de 1951. Neste período foi quebrada a rotina dos moradores de Torres e Passo de Torres, pois os figurantes e até mesmo papéis importantes, foram feitos por pescadores e suas mulheres desses locais. Assim como Dona Isolina (ou será Isaltina?), uma, então, moradora de Passo de Torres, e Pedro um morador da Praia da Cal, que fazia o papel do chefe dos pescadores. Eles foram selecionados para mostrar a lida dos habitantes do litoral, onde mostraram a pesca e a rotina dos moradores que passavam muita dificuldade. Além destes dois, também participaram das cenas em conjunto: Dulcídio Batista (Tio Doca), o vulgo Mané Porfílio,  José Martins de Souza (Tio Zeca), Alfredo Cezário, Dário Scheffer,  Manoel Daitx (Pai do Moa), João Ponciano, João Rodrigues, Manoel Rodrigues da Silva (Seu Nequinho), entre outros tantos, que muitos leitores vão recordar por serem parentes e amigos que viveram naquela época que marcou muito, e é lembrada até hoje, por ser um registro histórico da nossa cultura. 


Fonte: Acervo Salomão Scliar, Setor de Fotografia do
 Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.

2 comentários:

  1. saudade eu morava em Torres mas agora na foto não conheço ninguem, era paquena conheci torres que era só combro, sinto muita falta de meus amigos. Vim embora pra Porto Alegre com dezoito anos, Torres está uma grande cidade, eu tenho uma copia do filme do vento norte meu avó estava no filme com a biblia na mão mando interrar o criminozo no combro até a cabeça a viuva dezenterrou, amo muito este filme, meu nome é Adeir edeltrudes Machado dos Santos

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    1. Adeir Machado, fico alegre em saber que você tem essa ligação com a tua terra de origem. é dífil alguém se desligar ou ter vergonha de sua cidade natal. essa é prova da necessidade de sabermos das nossas origens, das heranças culturais. Vi o filme e sei então quem é o seu avô, o meu avô também estava e meus primos e tios. Ficou marcado na história dos torrenses. Obrigado pela visita, volte sempre pois estarei sempre atualizando. já entrou em Historiadores de Torres, se não entrou entre lá vai gostar muito das fotos. Todo dia tem fotos postadas. https://www.facebook.com/HistoriadoresdeTorres

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