quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Avenida Beira Mar na Década de 1950

Fonte: Acervo de Emílio Freitas

Nestas fotos se contemplam as vistas parciais da “Praia Grande” na década de 1950, cujos aspectos mais importantes são: a grande quantidade de banhistas, fator que levantou a construção em 1953 de uma torre salva-vidas no estilo norte-americano, influência do Pós-Guerra (1939-1945); a avenida pavimentada junto à beira-mar e os automóveis estacionados, todos da marca Ford Willians, confirmando a “tese” do meu saudoso amigo, João Barcelos, que relatou-me em certa ocasião, sobre  as fases culturais “germanófila” e “estadunidófila”, separando Torres em duas tendências que se resume em europeia e após estadunidense. Isto se percebe nas fotografias do acervo de nossa História, principalmente entre 1915 a 1980. Depois percebe-se uma fase mais eclética, devido à vinda em massa dos turistas argentinos e da “globalização”.
Podemos perceber também, na  imagem acima de 1954, que a Avenida Beira Mar ainda não tinha a famosa “Lomba do Calçadão”, pois neste período a encosta do sopé do morro ainda estava preservada, assim como todo o gramado onde fica atualmente a Praça Pinheiro Machado. E ao fundo, podemos avistar solitário, o Bar Abrigo, onde foi a primeira sede da SAPT, que foi erguido em 1937, e faz parte do patrimônio histórico de nosso município. Na imagem abaixo já se avista a lomba com paralelepípedos, possibilitando o trânsito de veículos direto da Rua José A. Picoral até a Avenida Beira Mar. Antes dessa obra os automóveis só poderiam vir pela "Rua de Baixo" (Rua Júlio de Castilhos).A Praia Grande na década de 1950 passou a ser um ponto de referência para quem buscava o “glamour” no balneário torrense, assim como procuravam espaço amplo para laser com  cadeiras dotadas de sombreiros (barraquinhas), para quem desejava proteger-se do excesso de sol como se comprava na fotografia de abaixo. Surgem as construções imponentes, que possibilitou o registro da foto de cima em uma sacada. As imagens são típicas de uma praia europeia do litoral mediterrâneo, capaz de confundir qualquer leitor se não houvesse referências, o que denota resquícios dos “Anos Dourados” no Brasil.


Fonte: Acervo de Madalena Martins





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