Fonte: Acervo de Roberto de Freitas |
Até
o final do século XX, a História era rigorosa no que tange as fontes para as
comprovações dos fatos. Só eram respeitadas as informações contidas em
documentos oficiais ou livros aceitos pelos governos. Atualmente com a História Cultural (nova prática
da Historiografia), duas fontes, antes discriminadas, são muito consideradas:
depoimentos e fotografias. Um
complementa ao outro, pois nem tudo que vemos é o que parece, distorcendo assim
os fatos. Teóricos denominam o fotógrafo como: “o filtro cultural”, aquele que
registra momentos que jamais se repetirão, e ao socializar as imagens,
transmite mensagens com sua intencionalidade através do “clique”. E a
posteriori, cabe também às testemunhas relatar o que se vê nas imagens para
análises e confirmações que vão somar em prol da memória de cada grupo social.
Neste
registro fotográfico, vemos o laboratório de fotografia do “maior filtro
cultural” do município de Torres; trata-se do equipamento de revelação e
reprodução de cópias fotográficas do Sr. Ídio K. Feltes, fotógrafo pioneiro muito mencionado atualmente e parte de seu acervo fotográfico está em livros, trabalhos científicos e veículos de informações em colunas de jornais, em blogs, em sites, na rede social e outros. Vários equipamentos fotográficos podem
ser admirados em um memorial, atribuído ao Sr. Feltes, no Museu
Histórico de Torres, que pode ser visitado no Centro Municipal de Cultura. Mas
o que vemos aqui são outros aparelhos, que o então empresário inovador investiu em
seu promissor comércio. Graças à sua iniciativa, temos hoje um acervo
fotográfico muito rico, que estão em plena fruição, ou ainda, salvaguardados em
álbuns de famílias torrenses, veranistas e turistas, que aos poucos estão sendo, mesmo que pareça ser uma redundância, novamente "revelados" ao um público interessado em suas origens. Prova da importância da identidade de uma sociedade, que garante a preservação da memória, fator principal que une uma cultura.
Quem
posa para a lente, no momento de trabalho no laboratório, era um dos fotógrafos
da empresa, o Sr. Ruy Luiz de Freitas, que posteriormente passa a ser o
escrivão do Cartório de Paz de Torres. No detalhe vemos o mesmo vestindo um
jaleco, comprovando o capricho e os cuidados para o melhor resultado das
imagens históricas da “Mais Bela”.
Parabéns pelo livro!
ResponderExcluirPassear pelas histórias da nossa cidade é como enraizar as raízes!
Continue esse percurso maravilhoso!
Um abraço!
Jaine Godinho Scheffer