Chalé na Praia Grande, 1948.Fonte: Acervo Ênio Rosa, 2006. legenda |
Nesta
imagem de 1948, percebemos a invasão imobiliária na orla litorânea, cuja
construção de grandes residências para veraneio já despontam na paisagem. Os grandes
sobrados em madeira de lei em estilo inglês passaram a dar um toque de requinte
ao balneário. Esse belo chalé era de propriedade da Sra. Marieta Chaves
Barcelos, tradicional veranista de Torres. Na faixa da areia é possível ver as
cadeiras com sombreiros para o descanso e conforto dos veranistas. Esse luxo e
comodidade era privilégio apenas dos turistas que os alugassem ou então que
fossem sócios da SAPT (Sociedade dos Amigos da Praia de Torres).
Barraquinhas da SAPT, 1950.
Fonte: Acervo Casa de Cultura do Município de Torres, 2006.
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A Praia Grande na década de 1950, passou a ser um ponto de referência para
quem buscava o “glamour” no balneário de Torres. As construções imponentes,
espaço amplo para lazer, vigia permanente de salva-vidas no alto da Torre e as
cadeiras dotadas de sombreiros, ou toldos, para quem desejava proteger-se do
excesso de sol. A imagem é típica de uma praia europeia do litoral
mediterrâneo, capaz de confundir qualquer leitor se não houvesse referências, o
que denota resquícios dos “Anos Dourados” no Brasil.
Vista Parcial da Praia Grande, década de 1950.Fonte: Acervo Casa de Cultura do Município de Torres, 2007. |
Aqui
temos avistamos
parcialmente a Praia Grande, foto aérea
tirada na década de 1950. Nela podemos ver em destaque grandes edifícios que
despontam na paisagem litorânea. Ao fundo observam-se dunas e as “três torres”.
Na área de banhos o destaque fica por conta dos toldos
com bancos para veranistas dispostos em fila (barraquinhas), dando ao lugar um
aspecto das áreas de veraneio da “Riviera Francesa[1]” na
Europa.
Barraquinhas antigas com o Quadrado do Picoral ao fundoFonte: Centro Municipal de Cultura de Torres |
A
foto acima complementa o tema, comprova que nos tempos do Balneário Picoral já havia as
barraquinhas com aspecto mais simples, sem os bancos. Logo se deduz que Picoral
trouxe tal ideia da Europa, pois conforme RUSHEL, (1986), apud ELY, (2004) o
empreendedor torrense viajava para outros locais de turismo para trazer
inovações à vila das Torres. A SAPT, então, aprimorou as barraquinhas
continuando com essa prática até a década de 1990, pois uma decisão judicial
obrigou o clube a retirar todas elas.
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