Fonte: Acervo João Barcelos |
Na leitura da imagem anterior comentamos sobre o primeiro hotel de Torres, mas como mostra a FOTO,
vemos outro “Hotel Familiar”. Apesar de a fotografia estar em condições ruins,
podemos ver algumas diferenças; entre elas vemos: os primeiros movimentos de
automóveis no balneário, o tipo de hóspedes já passam a ser outro, mais
direcionado ao lazer e não somente de transeuntes como era no anterior. O
estilo da edificação lembra mais o germânico, além de ser de madeira. Já o
primeiro era de alvenaria com estilo açoriano. Também vemos o nome do proprietário
na parede, mas dessa vez está escrito: “Teló”; Ludovico Teló, um italiano que
nos anos 20 do século passado, talvez atraído pelo “porto que não saiu”, percebeu
que não mais havia o hotel anterior, batizou então, o seu estabelecimento com o
mesmo nome, e outra diferença é que o local era na Rua de Baixo, esquina Lomba
do Neguinho. “Traduzindo”: Rua Júlio de Castilhos com a Rua XV de Novembro.
Este hotel
ficou marcado na História local, por causa de um crime que abalou por décadas,
não querendo fazer um trocadilho, as famílias torrenses. Conforme os depoimentos
dos irmãos Paulo Batista (in memorian) e João Dalolli, o proprietário do mesmo
foi assassinado pelo policial conhecido como “Neguinho”, a mando do Delegado de
Polícia, João Freitas de Oliveira, que tinha um caso com a esposa do hoteleiro.
Estava tudo correndo bem, quando outro hoteleiro, o famoso José Picoral, intervém
e denuncia o FATO à polícia de Porto Alegre, onde houveram investigadores que
desvendaram o crime. Sem perceber, achando que tudo estava bem, foram presos, o
delegado da vila, a viúva e o algoz. Por isso que por muito tempo, antes de se
estabelecer o Banco do Brasil, aquele trecho era chamado de: “Lomba do
Neguinho”. O casal que cometeu o crime casaram-se na prisão, após saírem,
abriram um armazém de secos e molhados, primeira mente na capital e tempos
depois em Passo de Torres, bem em frente a rótula da rua da igreja.
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