Fonte: Acervo de Emílio Freitas |
Nestas fotos se contemplam as vistas parciais da “Praia Grande” na
década de 1950, cujos aspectos mais importantes são: a grande quantidade de
banhistas, fator que levantou a construção em 1953 de uma torre salva-vidas no
estilo norte-americano, influência do Pós-Guerra (1939-1945); a avenida
pavimentada junto à beira-mar e os automóveis estacionados, todos da marca Ford
Willians, confirmando a “tese” do meu saudoso amigo, João Barcelos, que
relatou-me em certa ocasião, sobre as fases culturais “germanófila”
e “estadunidófila”, separando Torres em duas tendências que se resume em
europeia e após estadunidense. Isto se percebe nas fotografias do acervo de
nossa História, principalmente entre 1915 a 1980. Depois percebe-se uma fase
mais eclética, devido à vinda em massa dos turistas argentinos e da
“globalização”.
Podemos perceber também, na imagem acima de 1954, que a Avenida
Beira Mar ainda não tinha a famosa “Lomba do Calçadão”, pois neste período a
encosta do sopé do morro ainda estava preservada, assim como todo o gramado
onde fica atualmente a Praça Pinheiro Machado. E ao fundo, podemos avistar
solitário, o Bar Abrigo, onde foi a primeira sede da SAPT, que foi erguido em
1937, e faz parte do patrimônio histórico de nosso município. Na imagem abaixo
já se avista a lomba com paralelepípedos, possibilitando o trânsito de veículos
direto da Rua José A. Picoral até a Avenida Beira Mar. Antes dessa obra os
automóveis só poderiam vir pela "Rua de Baixo" (Rua Júlio de
Castilhos).A Praia Grande na década de 1950 passou a ser um ponto de referência
para quem buscava o “glamour” no balneário torrense, assim como procuravam
espaço amplo para laser com cadeiras dotadas de sombreiros
(barraquinhas), para quem desejava proteger-se do excesso de sol como se comprava
na fotografia de abaixo. Surgem as construções imponentes, que
possibilitou o registro da foto de cima em uma sacada. As imagens são
típicas de uma praia europeia do litoral mediterrâneo, capaz de confundir
qualquer leitor se não houvesse referências, o que denota resquícios dos “Anos
Dourados” no Brasil.
Fonte: Acervo de Madalena Martins |
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