Pelo pitoresco desta paisagem, podemos
imaginar a estesia (o sentimento do belo), das pessoas mais sensíveis ao olhar.
Há quem diga que neste local existe uma energia muito boa e forte, a ponto de
descarregar toda negatividade da mente humana. O filtro cultural, ou seja, o
fotógrafo tem o poder de congelar momentos como este que nos remete a um “Idílio
no Litoral”, como está escrito na legenda deste registro fotográfico que
encontrei nos arquivos da Casa de Cultura de Torres. No dicionário Aurélio,
idílio significa [Do gr. eidWllion, pelo lat. idylliu.]: 1. Pequena composição
poética de caráter campestre ou pastoril.
2. Amor poético e suave. 3.
Entretenimento amoroso; galanteio. 4. Fantasia,
sonho, devaneio. Portanto podemos comprovar a inspiração que Torres sempre passou
aos amantes da natureza poetas e artistas de modo geral. Alguns conheceram a
paisagem e acabaram morando na “Mais Bela” como, por exemplo, os poetas, Garcia
da Rosa, Jovita Esquina, ou os artistas plásticos Robson Sobrera, Guarise,
Deville,entre outros, que com certeza sentiram tal energia.
Esta foto que provavelmente é dos anos de 1930, e de autor desconhecido, nos mostra além da questão poética, o Morro do Farol com seu segundo farol, a casa dos faroleiros e o muro do cemitério, que lá esteve até ser desativado na década de 1960. Também podemos avistar no lado esquerdo, as dunas de areia e a chaminé da usina termoelétrica da vila, e no lado direito os primeiros chalés da Prainha encontrando-se com o gramado e a areia da praia, e logo o mar. E é claro este espelho d’água que servia de bebedouro ao gado e outros animais que lá se alimentavam na verde relva da Torre do Meio. Por isso comprova-se o que Cláudio Romário, tradicional músico torrense, compôs em uma de suas músicas: “ [...] cabras selvagens pastavam no Paredão.”
Abaixo em outro registro do mesmo período, vemos com mais detalhe, o Morro do Farol e a Praia da Cal quase intactos. E a confirmação do rebanho compondo este "Idílio no Litoral"
Esta foto que provavelmente é dos anos de 1930, e de autor desconhecido, nos mostra além da questão poética, o Morro do Farol com seu segundo farol, a casa dos faroleiros e o muro do cemitério, que lá esteve até ser desativado na década de 1960. Também podemos avistar no lado esquerdo, as dunas de areia e a chaminé da usina termoelétrica da vila, e no lado direito os primeiros chalés da Prainha encontrando-se com o gramado e a areia da praia, e logo o mar. E é claro este espelho d’água que servia de bebedouro ao gado e outros animais que lá se alimentavam na verde relva da Torre do Meio. Por isso comprova-se o que Cláudio Romário, tradicional músico torrense, compôs em uma de suas músicas: “ [...] cabras selvagens pastavam no Paredão.”
Abaixo em outro registro do mesmo período, vemos com mais detalhe, o Morro do Farol e a Praia da Cal quase intactos. E a confirmação do rebanho compondo este "Idílio no Litoral"
Realmente essas fotografias contribuem na construção de uma Torres, vista com um olhar de dentro, não somente pelos veranistas, revelando outras formas de apropriação e utilização das belezas naturais.
ResponderExcluirConcordo contigo Camila, e por isso que não é por acaso que nós torrenses, mesmo aqueles que não vão muito nestes lugares paradisíacos, nos orgulhamos em nascer numa cidade tão linda. Qual torrense não se emociona ao ver essas fotografias antigas, não é mesmo? Por isso conto com a tua colaboração nas leituras dessas imagens. Fique a vontade com a tua contribuição.
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